domingo, abril 08, 2007


Esta composição de autores famosos foi me enviado por uma pessoa muito especial em minha vida... alguém q sempre está pronta a me dar um ombro quando preciso, um verdadeiro anjo de Deus...
Van, te adoro, amei o texto...tanto q reinauguro meu espaço com ele...!!!bjus a todos que por aqui passarem!!!
Luttchi

...


Às vezes eu fecho os olhos, inspiro e procuro sentir a presença de quem já não está por perto. É um método que eu inventei tempos atrás..., e uso sempre quando o amor se transforma em saudade. Os grandes amores existem. As grandes paixões existem. Eles simplesmente existem. Eu desejo que todo ser humano possa sentir o que eu um dia já senti. Somente uns poucos minutos daquele entorpecimento juvenil, daquela inundação de sentimentos que enlouquecem, daquela loucura toda que te envolve, te amedronta, aquela confusão monstruosa que vivi quando amei.E quando pensei ter sido fui amada. Uma paixão avassaladora que me fez acreditar que eu ainda permanecia viva. Viva e amada.. Mas, agora, eu fecho os olhos para dormir. .É muito mais vazio. . Quem foi que viu a minha Dor chorando?! (Augusto dos Anjos, "Queixas Noturnas". Mas, no meu caso, diurnas também). Eu quero uma receita para se esquecer um grande amor, o senhor tem aqui para vender? O preço não me interessa, eu só quero poder seguir em frente. Nem precisa ser em frente..., basta seguir. Porque A minha vida sentou-se/ E não há quem a levante (Mário de Sá-Carneiro, "Serradura"). E o vazio logo aparece, não dá um minuto de folga (“meter a cara no trabalho” é algo que também não tem funcionado). O telefone não toca naquela hora, a minha caixa de e-mails não tem pena de mim, já não tem novidade boa a me contar. Uma sensação leve e prematura de derrota logo se apodera da gente. Depois ela cresce. Já não é mais sensação, é derrota mesmo. Para quem vou dedicar meus pensamentos, quem vai me acalmar quando a agonia aparece sem avisar? Eu me sinto tão sozinha. Por vezes eu nem me sinto. Meus olhos não vertem lágrimas, o meu coração não dispara. Será mesmo que estou vivo? Ainda nem maldisse toda a minha sina e mazela, nem afoguei minhas (agora) crônicas mágoas na cachaça libertadora, também não há outro perfume no meu corpo. Viver é amar, um dia me explicaram direitinho. Eu era inocente e acreditei. Só inocentes e tolos crédulos aprendem isso, eu tive o azar de ser uma deles. Nem ouso reclamar. Quando acordei foi em você que eu pensei. Provavelmente pensei em ti durante toda a noite também, mas dessa vez tive a sorte de não recordar. Não importa como minha vida esteja seguindo, é sempre em seu sorriso que meus pensamentos se convergem. Não há fuga nem plano B. Eu aprendi que não é te esquecendo que irei me livrar de você. Não importa quanto tempo transcorra, jamais me esquecerei daquela noite, aquela, quando estupefata você ouviu minha curtíssima e derradeira declaração de amor. Metade do tempo eu reflito sobre o que ela significou e o que ela irá se tornar em alguns parcos anos. Logo, meu coração será de outro, e essa frase eu voltarei a dizer. Mas não para ti, jamais para ti, nunca mais para ti... Você será apenas uma lembrança, feito tantas outras, e eu serei apenas uma lembrança para você... feito tantas outras. Já não me amas? Basta! Irei, triste, e exilada/ Do meu primeiro amor para outro amor, sozinha (Olavo Bilac, "Desterro"). Quem errou mais? Isso não importa agora, logo, posso ficar com toda culpa pelo nosso fracasso. Sempre sonhei com algo diferente, como nos contos de fadas e nos pagodes de três notas (e se me perguntam Que era mesmo que eu queria?/ ”Eu queria uma casinha/ Com varanda para o mar/ Onde brincasse a andorinha/ E onde chegasse o luar”, Vinicius de Moraes, "Sombra e Luz"). A realidade foi deveras distinta disso, só Deus é testemunha das minhas queixas. Mas, nesse momento, nada disso importa, nada do que doeu agora importa. Eu vou ficar aqui, sozinha, com minhas lembranças e nosso fracasso. Vou lembrar das partes boas, para me emocionar com a saudade. Não lembrarei de nenhuma briga, nem nada disso! Eu quero uma receita para esquecer dos momentos ruins, dos bons eu não preciso. Não preciso e não quero. Para que esquecer do que me orgulho? Do que me fez feliz? Deixa a saudade me machucar, uma hora ela se cansa. Eu não abro mão de recordar o quanto fui feliz. Acabou!É o fim, mas não antes de muitas promessas de eterna felicidade. É isso o que vale, afinal. Eu busco isso a cada instante de minha vida. Mas agora ele está lá e eu aqui. Ele está lá seguindo a vida dele, e eu estou aqui, seguindo a minha. Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte (Neruda, "Aqui eu te amo"). Ele esta lá vivendo a vida dele como se nada tivesse acontecido. Acho, realmente não sei dizer (Teus olhos são duas silabas/ Que me custam soletrar./ Teus lábios são dous vocábulos/ Que não posso,/ Que não posso interpretar Fagundes Varela, "Canção Lógica"). Eu aqui, não triste, mas saudoso. Às vezes eu olho para os céus para descobrir se sinto algo de novo. Quem sabe um daqueles meus suspiros. Passo horas olhando as estrelas, sem entender por que elas brilham. Elas deveriam fazê-lo somente quando você fosse meu, não em qualquer situação. Mas você segue a sua vida, almoça feliz e se diverte enquanto procuro a receita para te esquecer. Sei que não irei sofrer, o que me castiga é a saudade. Não irei chorar, nem lamentar, tampouco desejar a morte. Irei apenas seguir em frente, sozinha agora, às vezes pensando: o que será que ele faz nesse momento?, agora que chove lá fora! O que será que ele faz? Será que pensa em mim? Será que sorri? Eu abro os braços para envolver a minha vida. Lembra da música da Elis? Vou querer amar de novo e se não der eu não vou sofrer...? Preciso te dizer a verdade: se isso acontecer, eu vou sofrer sim, meu coração só existe para amar de novo, espero que você entenda. Eu sigo a minha vida por aqui, você continue a sua por aí. Se consegui a receita para se esquecer de um grande amor? Não, parece que isso não existe mesmo. A minha é seguir em frente, então, e quando não der, chorar, não há problema nenhum isso, quem aprende a amar, aprende a chorar também (Paulinho da Viola, "Amor Amor") . Eu aprendi, pratiquei contigo, jamais esquecerei nossos momentos.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Lu
Que bom que vc gostou do texto,acho que ja deixou muitas coisas oara serem pensadas e quem sabe melhoras.
Boa sorte lhe desejo tudo de bom!!
bjs...
Nessa

9:12 PM  
Anonymous Anônimo said...

"É muito fácil a gente amar alguém, quando essa pessoa está feliz; é fácil amar alguém alegre que nos prepara uma comida; é fácil amar um filho sorridente que quer nos dar um presente; é fácil amar nossos pais quando eles nos ligam para dizer que estão sentindo saudades. Isso é gostoso, mas não define a grandeza do seu amor. Quando o seu amor e a sua capacidade de amar forem realmente grandes, você encontrará um jeito de manifestá-los, mesmo quando sua namorada ou mulher estiver cheia de reclamações, o seu filho estiver ranzinza e os seus pais estiverem chateado. Esse é o nosso grande desafio: amar alguém quando ele nos mostra que a nossa presença não é suficiente para fazê-lo totalmente feliz. Não deixe sua namorada ou mulher. Ao contrário, procure um jeito de amar cada vez mais intensamente, cada vez mais amplamente, e ela terá duas opções: a primeira é ser contagiada pelo seu amor e envolver-se na atmosfera amorosa que você criar; a segunda é ficar muito incomodada - e não existe NADA MAIS INCÔMODO DO QUE SER MUITO AMADO POR ALGUEM QUE NÃO SE AMA.

1:00 PM  

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